30 de junho de 2009

enervam-me as pessoas que quando querem pedir alguma coisa emprestada ou quando precisam que eu lhes faça algo falam com voz de bebé e quase a chorar. a sério, isso também vos acontece? eu fico d-o-i-d-a. hoje mesmo respondi a uma dessas pessoas: - ok, eu empresto-te mas por favor não derretas mais!

ready for the summer

depois de ter comprado de rompante, no mesmo dia, 3 peças de roupa integralmente pretas (o que em mim é uma huuuuuge mudança, ainda mais estando nós no verão) agora já me sinto eu outra vez, já me reconheço com as minhas sabrinas douradas.

da Aldo

29 de junho de 2009

de castelo em castelo

castelo de são jorge
assisti ao espectáculo Dimas (quero chamá-lo de peça mas em todo o lado chamam-lhe espectáculo) e me dei conta de que preciso ir com muito mais frequência ao teatro para não estranhar tanto aquela proximidade, para não fugir do olhar do actor e para não me sentir incomodada com tantos sentimentos expostos sem o filtro do ecrã.

castelo de vide
conheci a senhora da alegria e apaixonei-me. uma senhora que não é das dores, nem dos aflitos ou da agonia, e que está do lado de fora, a apanhar solzinho no seu nicho de azulejo, parece feita à minha medida.



castelo de marvão
num momento de iluminação tive a absoluta certeza de que os casais que combinam são os que são capazes de andar no mesmo passo, lado a lado, subindo uma encosta ou descendo degraus.

entrei numa igreja e não consegui formular os 3 pedidos da praxe quando se entra numa igreja pela primeira vez. primeiro pedi para ser forte e depois desisti de tentar arranjar mais dois pedidos e pedi para ser 3 vezes mais forte.



e alguém devia andar com a mesma mania que eu de desenhar corações quando fez esta parede:



castelo de portalegre
há uma coisa com a qual podemos contar sempre no alentejo: com a limpeza. uma limpeza extrema em todos os recantos, que parece fruto de uma magia discreta porque nunca apanhei ninguém com a mão na esfregona, por assim dizer. espero que a senhora que vivia na casinha nº 41 da rua 31 de Janeiro me tenha deixado essa magia de herança.



mas o melhor de tudo foi ouvir o silêncio da noite a mais de 800 metros de altitude.

The Closer, The Cleaner, The Listener. O que se passa com os nomes das séries televisivas?

28 de junho de 2009

Nunca percebi as pessoas que dizem sentirem-se vazias ou em pânico perante um papel em branco!? E que tal pegarem no dito papel em branco quando tiverem alguma coisa de jeito para escrever? E se o problema é o papel estar em branco, podem fazer umas estrelinhas ou umas luas nos cantos. Quando estiver mais bem disposta deixo ficar mais umas dicas. Mas durmam descansadas que a esta hora há milhões de pessoas que estão a preencher papéis em branco, está bem?
Sinto-me como se tivesse chegado de uma grande viagem. Uma volta ao mundo em muitos dias, não sei precisar quantos. Voltei. Doem-me as plantas dos pés a cada passo que dou, no caminho que faço até à porta de casa. Será mesmo a minha casa? O chão de madeira, as paredes brancas, cobertas de retratos, as reproduções trazidas das lojas dos museus, os livros, os filmes, os cds, o candeeiro de pé de ferro comprado numa estação de metro. Juro que não queria voltar. Sinto a dor nos pés novamente. Gastei a força, o dinheiro, gastei também a memória deste espaço onde tantas vezes te beijei. Arrecado esses beijos entre os meus lábios. Abracei-te tantas vezes. Dia após dia regressavas mais precisado desses abraços. Quero estender-me na cama, puxar o lençol azul, com folhas brancas, para cima do meu corpo, até ao começo do pescoço. Quero ficar de lado, virada para a janela do quarto. A luz forte do sol que me faz chorar os olhos, como uma cebola brava. Um pedaço de céu azul, outro branco, outro cinzento. Juro que não queria voltar.

Alice in Wonderland


É só em 2010 que estreia o novo filme de Tim Burton: "Alice in Wonderland". Mal posso esperar, como aconteceu com "Corpse Bride". Mas sei que vai valer a pena.
E é claro, para não variar, lá estarão Johnny Depp (The Mad Hatter) e Helena Bonham Carter (The Red Queen).
Sim, é verdade, ainda não estou preparada para perceber essa tua forma de amar. Mas ontem, na minha leitura d' O segredo de Leonardo Volpi, de Fernando Pinto do Amaral, achei que podias ser o Leonardo Volpi nesta passagem do livro:

"Não acredito na monogamia, mas também nunca fui o libertino que por aí dizem. Se vivesse num harém, rodeado por belas mulheres ou por rapazes na flor da idade, aborrecia-me de morte (...) O que se passa é que cada amor é diferente de outro e, ao fim de todo este tempo, percebi que me é possível amar duas ou três pessoas em simultâneo. Podem chamar-me um monstro, se quiserem, mas é mesmo assim. O que dedicamos a uma não diminui o que sentimos pelas outras, antes pelo contrário."

27 de junho de 2009

Hoje, deu-me para a nostalgia e passei grande parte da tarde a reler textos que escrevi há uns anos atrás. E enquanto os lia não pude deixar de recordar um começo acertado, belíssimo, perfeito, de Agustina Bessa-Luís, no seu livro "Jóia de Família" (da trilogia "Princípio da Incerteza") e com o qual não poderia estar mais de acordo.

"Não se escreve melhor porque se escreveu muito. Às vezes, vou surpreender nas páginas antigas assinadas pelo meu punho um tom perfeito em que a imaginação ronda como uma madrinha incapaz de envelhecer e de perder a razão. A razão é a mesma, a coberto das longas provações das decepções, da experiência, de tudo".

26 de junho de 2009

chiça, que ainda não consegui ter os olhos secos mais de 10 minutos!

Michael Jackson - Heal The World

25 de junho de 2009

queridas annie e suzanne, self-service de sabedoria:

*advertência de mamãe: "não devemos querer muito uma coisa e ficar obcecadas com isso pois o universo pode ter outros planos para nós, ter outra coisa muuuuuuito melhor para nos dar e que não pode dar enquanto não pararmos com o inútil (e infantil) 'eu quero, eu quero, eu quero'. "

*pérola da Fal: "não trate como prioridade quem te trata como opção."

*dica da Ticcia: "não se pode ter o bolo e comer o bolo, ou em outras palavras, a gente paga o preço das nossas escolhas e não vale ficar com raiva do outro. Se você tem raiva, acredite, é de você mesmo. Se está arrependido, vá à luta."

sirvam-se!

23 de junho de 2009

a minha capacidade de perdoar é imensa e é com relativa facilidade que deixo as pessoas que perdoei fazerem parte da minha vida novamente. mas isto não significa que ocupem o mesmo lugar que ocupavam antes.

22 de junho de 2009

com frequência eu tiro conclusões precipitadas. nem penso duas vezes nem dou segundas hipóteses. aos primeiros segundos rotulo a criatura de chata, croma, aborrecida de morte, uma seca, então eu reviro os olhos, dou um sorriso amarelo e evitá-la passa a ser a minha arte. mas vez por outra vem uma dessas criaturas e me surpreende, aproxima-se de mim sorrindo, sem a mínina noção do perigo, para dar-me um rebuçado de Portalegre.
só então me apercebo de que a chata sou eu.

21 de junho de 2009

Eternidade

Será a tua cama
a minha cama
aquela onde revolvo
um sono acidentado?

Onde dormes de lado
ou vigias
o modo alheio que a madrugada
abre

Será tua a proposta
deste encontro
ou será meu este amor
que arde?

Uma flor de fogo
que incendeia
a nossa cama antes do fim
da tarde

Se é tua a dúvida
e minha esta certeza
daquilo que despimos
e na cama tarda?

O vestido descendo pelas ancas
sendo
da sede o que segura
e na seda aguarda

Será tua a vitória
e minha esta derrota
de não poder segurar-te
a vida inteira?

Por mais que queira
a eternidade aguarda
o tempo que por ela
já se esgueira

(Maria Teresa Horta)

Regressar a Alcácer do Sal. Voltar às delícias da salada de ovas, do polvo cozido, do pão, da cebola, do travo a vinagre. E ainda as amêijoas que nos chegam à mesa dentro de um barco, mergulhadas num tempero que não se pode descrever (isto não é um anúncio do Pingo Doce). Depois o derradeiro passeio, junto ao rio, com moscas, melgas e mosquitos a levar-nos o açúcar do sangue. Começa a noite. Chega a fresca de um vento manso e chegam também cadeiras e senhoras de provecta idade às varandas. Voltaremos enquanto o Verão durar.

19 de junho de 2009

Chega de lamúrias, chega de choros e de chorinhos (ainda que aprecie muito este género musical). Chega, ouço eu na voz de Mart'nália. Chega de gastar energia na dor, na teoria da dor, nas coisas que inventamos para esquecer a dor. Só gosto (é forma de dizer) da dor do fado, porque me chega cantada e diluída nos versos, quebrada pela guitarra, como vodka que enfraquecemos com sumo de limão. Dor de outra pessoa parece sempre menos dor, porque a nossa dor é a dor. Mas eu não quero fazer parte deste processo, nunca quis. Resisto, expulso, cuspo para longe, como se fosse veneno de serpente sugado de um braço. Dizem que faço mal, que o luto é para se fazer. Mas eu não quero fazê-lo, não me apetece, acho perda de tempo, ainda que ande muitas vezes de preto. Cuspo para longe, a dor.
com este calor... chega pra lá! :-)


http://icanhascheezburger.com/
Ontem à noite pus protector solar nas pernas em vez de água termal Avène. Acreditem, meus amigos, que uma “inlunação” é muito mais grave do que uma insolação.
Menos um dia sem ti. Mais um dia para mim. Vitória!
ontem deitei-me tarde, já passava da hora quando cheguei e ainda me pus a ver televisão. hoje de manhã custou-me horrorres levantar. não tinha um pingo de vontade de fazê-lo, por isso estive mais de meia-hora em esforço, deitada, convencendo-me, esbofeteando-me mentalmente para sair da cama (o calor não ajudava nada e o gato encostado a mim também não). de repente lembrei-me que hoje era sexta-feira e que ia almoçar com a a. e a e. e que no final do dia ia ao cinema com a s. e a a. e que no fim-de-semana iria à praia e que tenho as melhores amigas do mundo (provas dadas) e que, por deus, eu tenho um autógrafo do pauleta! quantas pessoas podem dizer tudo isso? não muitas, pensei eu, e saltei da cama energicamente.

17 de junho de 2009

why Lord, why?


McFlurry Toblerone
electrocardiograma: 3
ecografia mamária: 2
mamografia: 1
nos últimos dois meses, pelo menos uma vez por semana mostrei o meu peito despido a completos estranhos. glad its over! já estava quase a ficar com um 'mata hari sindrome'. :-)

16 de junho de 2009

You can have what you want
But not necessarly when you want it...
But it will come....

Começo assim pela esperaça que esta frase me traz e espero que te traga,
Começo assim porque não gosto de te ver sofrer,
Começo assim proque quando sofres também o sinto,
Começo assim porque tu és uma pessoa boa e bonita,
Começo assim porque acredito que aquilo que queres vai ser teu.


PS1: Enche o teu coração de coisas boas e não de maus sentimentos, porque serás tu a senti-los e sofrer com eles...

PS2: Estou por aqui, é só chamares...

PS3: http://www.youtube.com/watch?v=q7hDnKtc9oM

nightmares

mais uma vez a mesma ideia recorrente: o mundo está a acabar e cabe-me a mim salvá-lo. desta vez o fim chegava por meio de catástrofes naturais e a certa altura dou por mim a ter que desviar-me de uma enorme onda que varre a cidade e vem agora na minha direcção. tenho apenas tempo para lançar um olhar de despedida a um amor sem rosto, soltar-me da sua mão e começar a correr. por alguma estranha razão do meu inconsciente, a salvação do mundo implicava que eu passasse a ferro uma enorme quantidade de roupa, correndo contra o tempo e nos porões de um navio, enquanto ouvia tudo sendo destruído lá fora. acho que cumpri a tarefa e consegui salvar o mundo, porque depois disso andava por entre os pilares de uma garagem a tentar esconder-me a mim e a uma jovem vestida e penteada como a marilyn monroe.
como não tenho freud recorro ao horóscopo, que me diz: "try to see nightmares as safe ways to understand your feelings". pois... dá para trocar as 'safe ways' por 'clear ways'?

15 de junho de 2009

Porque é preciso que termine no meu coração e na minha cabeça
E porque não consigo desejar-te mal...

Take care not to hurt yourself
Beware of the need for healp
Avoid loving too much
When people are such

Take care
Please take care
Some people read ideal books
And some people have pretty looks

If everyone's eyes are wide
Than all words aside,
Take care
Please take care

This sounds a bit like goodbye
In a way it is, I guess
As I leave your side
We've taken the air

Take care,
Please take care
Take Care
Please take care...

14 de junho de 2009

Suzanne Vega Gold



Há felicidades que se trazem para casa por 2,89€. Do melhor, meus amigos, do melhor.

13 de junho de 2009

Mesmo que não acredites, recordo a todo o instante aquele gesto de agarrar a tua mão, caminhar a teu lado, poucos passos, um minuto, menos de um minuto de uma tarde preciosa. Lembro-me do céu, o barulho infernal da estrada, ali tão perto, lembro-me das roupas que trazíamos, lembro-me do teu perfil, lembro-me das portas do carro a fecharem-se pesadamente. Ligar o carro, acelerar em seco, puxar o cinto, soltá-lo como se fosse um elástico, soltar a voz de Caetano presa há dias na mesma música (Terra! Terra!), cantar contigo, olhar o relógio, o céu do tamanho de um vidro de um carro, procurar o Sol, lembrar-me que era Abril, sem águas mil.

9 de junho de 2009

listas, listas, listas, eu adoro listas!
listinha das compras que vou cravar ao husby para fazer na H&M:

1 vestido envelope preto
1 blusa azul de folhinhos
1 túnica preta
1 calças de linho castanhas (ou cinzentas)
1 calças bege, estilo safari
1 mala de tecido branca

total: 156,90
esta manhã, que começou às 6h45 comigo a fugir de uns certos sons primitivos para o sofá e a acordar atrasadíssima para o trabalho e a ter que apanhar um táxi e a gastar o dinheiro destinado à manicure, esta manhã, dizia eu, tornou-se outra manhã totalmente diferente quando ouvi o stevie wonder a perguntar 'isn't she lovely?'.

8 de junho de 2009

já fui ao banho.
nada como um mergulho em água salgada para limpar energias negativas, afastar maus olhados e maus pensamentos, nada como a areia escaldante para esfoliar corpo e alma.
estou limpa. já podes vir.

5 de junho de 2009

Quando é que vais perceber que já não preciso de ti para continuar a minha jornada? Quando é que vais perceber que o luto está em curso e as carpideiras, contratadas há vários dias, não poupam nas lágrimas para lavar a minha dor, como mármore que se lava com lixívia? Já comecei a transformar-te numa forma de luz, num beijo de rosto, num abraço apertado, numa saudade, que ainda é verde. Já estou ali, mais à frente, onde já não me alcanças com o esticar de um braço. Cresci mais um pouco, aprendi mais um pouco. E já não te quero de volta.

3 de junho de 2009

tive uma colega de faculdade que me dizia que desenhar setas casualmente no papel era sinal de que a pessoa estava a pensar em sexo. pois... de facto esse era um pensamento recorrente no tempo da faculdade (e especialmente durante as aulas, ah ah). agora, que longe vão esses tempos, passo as reuniões de trabalho a desenhar adoráveis coraçõezinhos gorduchos no papel.
alguém que me diga o que isso significa, sim?

pela atenção, grata.
cindy