29 de junho de 2009

de castelo em castelo

castelo de são jorge
assisti ao espectáculo Dimas (quero chamá-lo de peça mas em todo o lado chamam-lhe espectáculo) e me dei conta de que preciso ir com muito mais frequência ao teatro para não estranhar tanto aquela proximidade, para não fugir do olhar do actor e para não me sentir incomodada com tantos sentimentos expostos sem o filtro do ecrã.

castelo de vide
conheci a senhora da alegria e apaixonei-me. uma senhora que não é das dores, nem dos aflitos ou da agonia, e que está do lado de fora, a apanhar solzinho no seu nicho de azulejo, parece feita à minha medida.



castelo de marvão
num momento de iluminação tive a absoluta certeza de que os casais que combinam são os que são capazes de andar no mesmo passo, lado a lado, subindo uma encosta ou descendo degraus.

entrei numa igreja e não consegui formular os 3 pedidos da praxe quando se entra numa igreja pela primeira vez. primeiro pedi para ser forte e depois desisti de tentar arranjar mais dois pedidos e pedi para ser 3 vezes mais forte.



e alguém devia andar com a mesma mania que eu de desenhar corações quando fez esta parede:



castelo de portalegre
há uma coisa com a qual podemos contar sempre no alentejo: com a limpeza. uma limpeza extrema em todos os recantos, que parece fruto de uma magia discreta porque nunca apanhei ninguém com a mão na esfregona, por assim dizer. espero que a senhora que vivia na casinha nº 41 da rua 31 de Janeiro me tenha deixado essa magia de herança.



mas o melhor de tudo foi ouvir o silêncio da noite a mais de 800 metros de altitude.

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