9 de julho de 2009

três palavrinhas apenas

tenho o 'não faz mal' sempre na ponta da língua, na pontinha mesmo, quase caíndo. a pessoa ainda está no 'pa' do 'desculpa' e eu já atiro com o meu 'não faz mal', ora sorridente ora de beicinho. de qualquer modo sinto sempre que é uma afirmação precoce, incontrolada e disparada antes do tempo.
pois hoje cheguei à conclusão, querida annie e querida suzanne, que mesmo que o 'desculpa' tenha sido automático, o meu perdão não o pode ser. até porque às vezes faz mal, faz mesmo mal e faz muito, e ao disfarçar isso estou a disfarçar a minha própria dor.

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