30 de abril de 2009

Um dia destes, quando menos esperares, aparecerei triunfante numa festa, num jantar recheado de gente, trajando um belo vestido vermelho ou de um azul forte, ou qualquer outra cor que trará os teus olhos até mim sem hesitação, e que trará também todo o teu desejo, as tuas mãos, de que tenho saudade imensa. Não me importa que me digam que o desejo de vingança tomou conta de mim, porque é essa onda fria, quase gelada, que tem parado as minhas lágrimas, que me deixa dormir, que leva o meu sono e os meus sonhos para longe de ti, muito longe de ti. Nesse dia, eu sei, já não vou querer as tuas mãos a tocar-me o cabelo, já não vou querer que a tua boca deixe beijos no meu pescoço, nem palavras bonitas no meu ouvido. Já não te amarei, meu querido A.. Já te poderei cumprimentar com um sereno aperto de mão.

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