11 de agosto de 2009

Como te prometi, deixarei escrita a nossa história de amor como uma bela peça de poesia. Há um amor assim uma vez na vida e é perda de tempo querer transformá-lo apenas numa recordação bonitinha, ternurenta, sossegada, ou depositá-lo numa caixa como se fosse um objecto que já estimámos muito, mas que agora não nos faz falta para coisa nenhuma. Por mais hermética que seja essa caixa, o amor, o cheiro perfumado desse amor, conseguirá sempre escapar-se, e nesse momento estarás de volta, tão fresco e forte como no primeiro dia em que me puxaste pela cintura, me beijaste o pescoço e depois a boca. Deixei-me apanhar pelos teus olhos magnéticos, pelas tuas mãos que sentia húmidas a descobrir-me o corpo. Para muitos, para a maioria, para uma percentagem significativa de pessoas, isto soará a exagero, a puro fatalismo. Mas eu conheço o meu coração melhor do que ninguém e confio no que ele me diz. E, verdade seja dita, também estou cansada das lições duras da minha razão, incapaz de apiedar-se de mim. Não quero afastar-me de ti. Mesmo que não possa ter-te volta, e sei que não posso, quero ficar perto de ti. E não pode haver mal nenhum nisso.

1 comentário:

Romeo disse...

Minha doce suzanne, que bom voltar a ler o que escreve e como escreve.
Fico sempre à espera de mais, mais e mais...

beijinho doce
romeo